Em busca do tempo perdido

Latest release: July 30, 2013
Series
7
Books

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Esta reedição pela Editora Globo de Em busca do tempo perdido, obra capital de Marcel Proust, um dos maiores escritores do século XX, é de grande importância para seus velhos e novos amantes. No caminho de Swann, o primeiro volume, saiu em 1948, magistralmente traduzido por Quintana. Esta nova edição ultrapassa as anteriores porque foi cuidadosamente preparada. Revista por Olgária Chaim Féres Matos, traz prefácio, cronologia, notas e resumo de Guilherme Ignácio da Silva e um valioso posfácio de Jeanne-Marie Gagnebin, professora de filosofia da PUC-SP.
No caminho de Swann
Book 1 · Jul 2012 ·
4.0
Esta reedição pela Editora Globo de Em busca do tempo perdido, obra capital de Marcel Proust, um dos maiores escritores do século XX, é de grande importância para seus velhos e novos amantes. No caminho de Swann, o primeiro volume, saiu em 1948, magistralmente traduzido por Quintana. Esta nova edição ultrapassa as anteriores porque foi cuidadosamente preparada. Revista por Olgária Chaim Féres Matos, traz prefácio, cronologia, notas e resumo de Guilherme Ignácio da Silva e um valioso posfácio de Jeanne-Marie Gagnebin, professora de filosofia da PUC-SP.
À sombra das raparigas em flor
Book 2 · Jul 2012 ·
5.0
Esta reedição pela Editora Globo de Em busca do tempo perdido, obra capital de Marcel Proust, um dos maiores escritores do século XX, é de grande importância para seus velhos e novos amantes. À sombra das raparigas em flor saiu em 1951, magistralmente traduzido por Quintana. Esta reedição ultrapassa as anteriores porque foi cuidadosamente preparada. À sombra das raparigas em flor, conta com revisão de Maria Lúcia Machado, traz prefácio, notas e resumo de Guilherme Ignácio da Silva e posfácio de Rolf Renner, professor da Universidade de Freiburg (Alemanha).
O caminho de Guermantes
Book 3 · Feb 2013 ·
5.0
A editora Globo reedita O caminho de Guermantes, volume 3 de Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, um dos maiores clássicos da literatura universal. A presente tradução também se tornou um clássico: trata-se da versão feita pelo poeta Mário Quintana para a antiga Globo de Porto Alegre, agora revista pela profa. Olgária Matos. A edição conta ainda com prefácio, notas e resumo de Guilherme Ignácio da Silva, e com posfácio de Philippe Willemart. O caminho de Guermantes marca uma inflexão no caminho existencial do herói de Proust. No primeiro volume de Em busca do tempo perdido (No caminho de Swann) havia a imagem concreta de dois caminhos que se ofereciam ao caminhante na cidadezinha de Combray: o da propriedade de Charles Swann e outro, mais longo, o da propriedade dos Guermantes. Ele escolhe o primeiro, e adentra o mundo do refinado colecionador de arte, Swann, sua vida mundana, sua paixão e ciúme pela cortesã de luxo, Odette de Crécy, sua influência nas leituras e interesses artísticos do herói. Neste O caminho de Guermantes, a narração começa com uma mudança de endereço em Paris, que coincide com uma aproximação espacial do palácio urbano dos Guermantes, um dos grandes anseios adiados do herói. Ele que, antes de aprender a falar, já ouvia uma velha canção evocando o nome dos Guermantes, atravessa um longo período de vida, uma larga sucessão de escolhas e uma grande cadeia de associações imagéticas até chegar a esse novo lugar e poder, enfim, acompanhar os movimentos do duque e da duquesa de Guermantes no dia-a-dia, preparando o contato direto com o grand monde (o “grande mundo”) que freqüenta seu salão.
Sodoma e Gomorra
Book 4 · May 2013 ·
5.0
Sodoma e Gomorra, agora reeditado, é o volume 4 de Em busca do tempo perdido, a grande obra de Marcel Proust. A presente tradução é igualmente um clássico: trata-se da versão feita pelo poeta Mario Quintana para a antiga Globo de Porto Alegre, com revisão técnica de Olgária Matos. A presente edição conta ainda com prefácio, notas e resumo de Guilherme Ignácio da Silva e posfácio de Regina Salgado Campos. Se o “romance-rio” de Proust é uma obra multidimensional, três de suas dimensões se destacam: o aspecto balzaquiano de largo mural romanesco de uma época e de uma classe; a estrutura da obra em si, trabalhada e retrabalhada de modo a intensificar as amarras, os nexos e os desenvolvimentos ao longo dos vários volumes; e as evocações metafóricas. Em Sodoma e Gomorra, desenvolvido em grande parte durante a Primeira Guerra, com as editoras fechadas, Proust pôde aprofundar e alargar essas dimensões, “expandindo seu texto em uma imensa rede de sinais e enigmas”, nas palavras do prefácio.
A prisioneira
Book 5 · Feb 2013 ·
0.0
Marcel Proust, um dos maiores nomes da literatura mundial, morreu antes de ver completamente publicada sua maior obra, "Em busca do tempo perdido", uma história composta por sete volumes, cujos três últimos foram lançados postumamente. A prisioneira, quinto livro da coleção, foi um dos títulos publicados segundo a edição do irmão de Marcel, Robert. Na versão original, nem todos os textos do escritor que compunham o volume foram contemplados, trechos que entraram apenas nas edições mais recentes de sua obra.

Relançado no Brasil, "A Prisioneira" mantém a tradução original feita pelo poeta Manuel Bandeira, junto com Lourdes Sousa de Alencar, para a antiga Globo de Porto Alegre. A revisão dos textos e sua atualização, bem como seu posfácio, ficou a cargo da professora Olgária Matos. O prefácio, as notas e o resumo são assinados pelo professor Guilherme Ignácio da Silva, especialista em Proust.

Neste quinto volume, estão em foco o relacionamento do herói com Albertine, sua amante. Se antes a trajetória do narrador se dava nos aristocráticos salões do Fauburg Saint-Germain, esta história encerra seu foco na vida em comum dos amantes em seu apartamento localizado em Paris. O amor e o ciúme se mesclam ao longo da narrativa de uma relação marcada por possessividades e inseguranças, dos quais ambos os personagens tornam-se prisioneiros.

Proust é uma das estrelas mais brilhantes de uma constelação em que lhe fazem companhia Flaubert, Joyce e Kafka. Foi quem expandiu até o limite as possibilidades prismáticas do parágrafo, ao mesmo tempo em que criava um poderoso instrumento de investigação psicológica, só comparável ao fluxo de consciência de Joyce e às pesquisas de Freud.

A fugitiva
Book 6 · May 2013 ·
4.8
A fugitiva pode ser visto como um livro do luto. Um luto pesado. O protagonista, Marcel, que vem desfiando sua gigantesca teia de passado, se vê, de repente, sozinho. Sua Albertina, “pássaro maravilhoso”, escapa de suas mãos, e vai embora, sem deixar recados. Todo um círculo de ciúme, lamentação e invenção amorosa se abre diante dele. Quando essa construção, que se passa por dentro, no jogo obsessivo entre realidade e imaginação, atinge seu ápice, ele recebe a notícia dolorosa: a delicada Albertina fora lançada, pelo cavalo, contra uma árvore e morrera. Novo círculo, então, se abre, agora recompondo em vários níveis a relação entre os dois, desde os passeios de bicicleta por Balbec até as cartas finais, após a separação. Em Marcel Proust, todo resumo torna-se frágil diante das filigranas do seu estilo, que o leitor já vem acompanhando desde No caminho do Swann, primeiro volume desta monumental obra que é Em busca do tempo perdido. As ambiguidades do sentimento amoroso – entre a necessidade da presença da mulher de sua adoração e o desejo de seu total afastamento, com o filtro venenoso do ciúme – podem dirigir o olhar do leitor para uma narrativa até um tanto patética e doentia. No entanto, os fatos não estão no centro do romance, mas a memória, que preside cada linha traçada exaustivamente ao longo do livro. Uma dor é a separação amorosa, a outra, agora, é o caminho do esquecimento, que a morte preside: “Para me consolar, não era uma, eram inúmeras Albertines que eu deveria esquecer. Quando tinha chegado a suportar a mágoa de perder esta aqui, tinha de recomeçar com relação a outra, a cem outras”. A evocação da mulher se torna o caminho da escrita, até o seu esgotamento total. Proust, neste ponto, é sempre um artista genial, capaz de lançar o leitor a uma série de comparações ou sugestões poéticas e sensíveis que tornam seu texto uma obra irretocável beleza. A partir da fuga de Albertina, ele passa a perseguir suas dúvidas, alimentadas pelo ciúme, também um fonte de prazer intenso, recompondo, como um detetive, todos os passos de sua amada, principalmente sua relação com outras mulheres. E neste trilhar pelo passado, o escritor incrusta um retrato irônico e mordaz da vida mundana parisiense do começo do século XX, com seus salões, jantares e conversas em torno da mesa cujo prato principal são as rusgas de uma aristocracia arruinada e uma burguesia que busca nos aristocratas seu modelo nobre. Esta reedição de A fugitiva, que teve a brilhante tradução do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, um confesso apaixonado pelo estilo do escritor francês, traz ainda prefácio, notas, resumo e revisão técnica do professor da Unifesp e especialista em Proust Guilherme Ignácio da Silva, que traduziu, a partir do texto estabelecido pela Bibliothèque de la Pléiade (1989), os trechos que não constavam da edição utilizada por Drummond. A edição conta ainda com posfácio assinado pelo professor de filosofia da USP Franklin Leopoldo e Silva, além de uma cronologia da vida de Marcel Proust. *Heitor Ferraz é jornalista, professor e poeta.
O tempo redescoberto
Book 7 · Jul 2013 ·
0.0
O Tempo redescoberto, com tradução de Lúcia Miguel Pereira, é o último volume da obra Em busca do tempo perdido, um dos maiores clássicos da literatura mundial. E sendo o último é também o primeiro, o que, à primeira vista, pode parecer estranho. Mas é neste volume que o leitor entenderá perfeitamente quais foram as ideias que nortearam o narrador desde o primeiro volume, No caminho de Swann. É na segunda parte de O tempo redescoberto que tudo se revela, num ritmo narrativo apaixonante. O romance foi originalmente dividido em três partes (seguindo edição de 1927 usada pela tradutora Lúcia Miguel Pereira e atualizada para a presente edição com base no texto de 1989). Na primeira, Tansoville, Proust retoma a narração de A fugitiva. O herói se encontra na mansão de Robert e Gilberte Saint-Loup, onde, em seu quarto de hóspede, projeta nas paredes suas reminiscências, como a lembrança do campanário de Combray e a sua relação com Albertine. No convívio da casa, também entra no tema da “inversão”, como a de seu amigo Robert, que tinha amantes para disfarçar sua relação com o violinista Morel. Esses elementos serão retomados ao longo do romance, principalmente na segunda parte, em O Sr. Charlus durante a guerra; suas opiniões, seus divertimentos. Entre as dúvidas pessoais mais profundas do narrador está a dos seus “dons literários”. Diante do enxame de lembranças, ele se pega pensando na sua própria falta de talento em poder fixar todos os seus pensamentos numa obra literária. Tema que será tratado, e revelado, na última parte do livro. Antes, porém, ele ainda explora a figura de Charlus, tio de Robert, um velho e alquebrado homem, cujos desejos intensos o levam a frequentar uma espécie de “inferninho”, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). A velha nobreza e sua perversão sexual mais uma vez é tratada, mas aqui num dos momentos críticos da vida europeia. No tecido que sua narrativa arma, todos os tempos parecem se encontrar – o íntimo e o histórico –, ou como ele diz, ao perceber as relações entre situações dispersas na memória, “as lançadeiras ágeis do tempo tecem fios entre as lembranças que nos parecem a princípio mais independentes”. São essas lançadeiras que ele irá perceber, em pleno funcionamento, na bela última parte do romance, A recepção da princesa de Guermantes. No caminho da recepção, enquanto remói suas possibilidades literárias, ele tropeça nas pedras irregulares do calçamento. Esse simples tropeção será um momento de alta epifania. É como se a sua máquina do mundo, enfim, se abrisse: o tropeção despertara sua memória, como a madeleine no chá, lançando-o no sistema sanguíneo do tempo. Como essa, outras situações tiveram a mesma função. Já na sala de espera dos Guermantes, um tilintar de colher o colocou novamente diante do passado. Era, como ele diz, “um pouco de tempo em estado puro”. É desta série de memórias involuntárias, de prazer intenso e de alta revelação, que nasce o projeto de Em busca do tempo perdido. É quando o narrador percebe como fixar a riqueza de sua própria experiência, num caminho que entranha o ser íntimo com o mundo exterior. Essas são, sem dúvida, as mais belas páginas da literatura universal. “Compreendi que a matéria da obra literária era, afinal, minha vida passada; que tudo me viera nos divertimentos frívolos, na indolência, na ternura, na dor, e eu acumulara como a semente os alimentos de que se nutrirá a planta, sem adivinhar-lhe o destino, nem a sobrevivência”. E é esta planta, com suas mil nervuras, que o leitor encontrou ao longo do conjunto de Em busca do tempo perdido. Esta nova edição, inteiramente revista e anotada, traz ainda prefácio e resumo de Guilherme Ignácio da Silva, posfácio de Bernard Brun e um belo ensaio da professora da PUC de São Paulo e crítica literária Leda Tenório da Motta. *Texto escrito pot Heitor Ferraz, jornalista, professor e poeta.