Mrs. Dalloway

· L&PM Pocket
3.4
17 reviews
Ebook
224
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About this ebook

Iniciando com o ponto de vista de Clarissa, "Mrs. Dalloway" – publicado pela primeira vez em 1925 – inova a arte romanesca de forma a um só tempo delicada e radical ao alternar o foco narrativo de um personagem para outro e ao lançar mão do fluxo de consciência como maneira de acompanhar seus sentimentos, suas sensações e suas reflexões. Passado num só dia, o romance é rico em flashbacks e flashforwards, misturando, além disso, discurso direto e discurso indireto livre. Com Mrs. Dalloway, Virginia Woolf (1882-1941) comprovou que ações corriqueiras, cotidianas – como comprar flores –, podem ser tema de grande arte, e que a vida e a morte acompanham todos os momentos da existência humana.

Ratings and reviews

3.4
17 reviews
Karime Nishiura
May 2, 2024
O livro é uma dissertação de um único dia na vida da Mrs. Dalloway. Pensamentos lúgubres num mergulho profundo nesta multiplicidades de vozes, durante este único dia, em junho de 1923, pós Guerra (1° Guerra Mundial). Lembranças do passado ou momentos e pensamentos do presente são descritos e entrelaçados nas próprias incursões de cada personagem. A morte é vista com o medo de ser esquecido, com o conforto pela liberdade as claras diferença entre sanidade e loucura. Clarissa, Richard e Elizabeth Dalloway aparecem brevemente no livro de estreia da Virgínia Wolf a viagem. Entre Clarissa e Septmus, ele faz seu contraponto e são os dubios. Duas cenas me marcaram mais nesta primeira leitura: A primeira, a belíssima cena de Lady Bruton, Mr. Dalloway e Hugh Whitbread, a escritora descreve o tecer de um diálogo como um fio fino, imagino com uma teia, que se adere aos envolvidos e que permanece preso a cada um deles enquanto eles permanecer refletindo sobre o que foi discutido. Ela simboliza a conclusão deste fluxo de pensamento quando Lady Bruton adormece e o fio se parte. A segunda é a fração de momento em que Septmus senta e tem o pensamento contemplativo da existência e que não queria de fato morrer. Acredito que todo suicida tenha esse sentimento, que na verdade não queria morrer só queria acabar com a dor da alma. Existem ainda muitas belas mensagens e referências sobre a depressão e com muita propriedade, ela traduz em lindas e tristes cenas entre Septmus e a esposa. Me sensibilizei muito com o personagem.
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About the author

Virginia Adeline Stephen Woolf nasceu em Londres, Inglaterra, em 1882. Seu pai, um crítico literário, foi quem a educou. Figura central do grupo Bloomsbury, do qual também participaram E. M. Forster, Katherine Mansfield, Maximo Gorki, entre outros, colaborava com o Times Literary Supplement. Em 1912, casou-se com Leonard Woolf e fundou a casa editorial Hogarth Press, que lançou, além da própria escritora, T.S.Elliot, Forster e K. Mansfield. Foi a primeira editora a publicar a obra de Freud em inglês. Seu primeiro livro, A viagem, foi publicado em 1915. Depois vieram, entre outros, "Noite e dia" (1919), "Mrs. Dalloway" (1925), "O quarto de Jacob" (1922), "Rumo ao farol" (1927), "Orlando" (1928), "Um quarto só seu" (1929), "As ondas" (1931). No início da década de 1930, Virginia já apresentava um histórico de saúde mental frágil, que culminaria no seu suicídio, em 1941.

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