Escrito por Maquiavel, em 1532, O Príncipe é considerado um
manual de como fazer jogo político, refletindo os conhecimentos da arte
política dos estadistas de seu tempo, e expressando claramente a mentalidade da
época. Maquiavel dá uma série de conselhos ao príncipe, expondo uma norma de
ação autoritária, de interesse do Estado.
O Príncipe transformou-se, com o passar dos anos, em obra de
predileção de diversas personalidades no decorrer da história como, por
exemplo, de Napoleão Bonaparte, que tinha o livro de cabeceira e costumava,
constantemente, anotar em seu exemplar uma série de observações; Benito
Mussolini, o líder fascista italiano, que não perdia a oportunidade de elogiar
a obra publicamente; o filosofo inglês Francis Bacon e o pensador holandês
Barush de Espinoza também foram seus admiradores. Atualmente, costuma-utilizar
as lições contidas em O Príncipe, juntamente com o clássico chinês A arte da
Guerra, nas modernas escolas de Administração e formação de lideranças. Nem
mesmo a inclusão do livro Index (o índice de livros proibidos pela igreja
católica) foi capaz de barrar sua popularidade.
Um cuidado especial foi tomado com as notas históricas
explicativas para facilitar o entendimento do assunto e a imersão do leitor na
época e na situação em que o livro foi escrito.