Depois de O Nome Negro (2013), Antonio Carlos Cortez publica Animais Feridos, conjunto de setenta poemas sobre este , como se le num dos seus textos. Animais feridos como a epigrafe de Mario Quintana afirma: Livro onde, em tres andamentos, o leitor acompanha o olhar de um sujeito que ve no napalm a e pressente Lisboa e o mundo proximos de um apocalipse, Animais Feridos e ainda a inquiric?o da palavra de poesia e as suas possibilidades de sentido em espacos (o corpo, a casa, a cidade) onde a ameaca da morte e do desencontro s?o a unica certeza. Dai as tres secc?es, tres modos de declinar a epoca que nos e dada viver. Antonio Carlos Cortez concebe o poema como exercicio extremado de subtis jogos sonoros, unindo tom coloquial a frase labirintica, sugerindo quanto para si a poesia e um modo de observac?o felina e a escrita um estilete com que se perfura, de forma precisa, o corpo dos animais feridos: os poemas, a memoria, a carne viva do tempo, nos.